Quedas do Bitcoin estão cada vez menores

Muitos esperavam que o Bitcoin iria romper os 110 mil dólares entre janeiro e fevereiro, mas o preço vem sofrendo resistência na barreira do 100 e 105 mil dólares.

Após o último ATH (All Time High), topo de 109 mil dólares em 20 de janeiro deste ano, o preço chegou a despencar 15%, na região dos 92 mil dólares. A volatilidade se deu muito por conta das incertezas e medidas da guerra comercial de tarifas imposta pelo presidente Donald Trump a países como Canadá, México e China.

Muitos investidores entraram em pânico com as correções, esquecendo-se da boa oportunidade de compra da maior criptomoeda do mundo quando ela fica mais barata.

Boa parte dos iniciantes do mercado cripto também não se atenta que o Bitcoin, ao longo dos últimos ciclos, vem apresentando quedas de preço cada vez menores.

No gráfico do site Glassnode, as quedas no ciclo mais recente (sinalizadas em preto) são menores que nos ciclos anteriores.

1º ciclo do Bitcoin (2008-2012)

No primeiro ciclo gênesis do Bitcoin, a volatilidade foi intensa, com quedas acima de 50% em um só dia. Em junho de 2011, por exemplo, a correção chegou a 99% devido ao hack na corretora critpo Mt. Gox, que era a maior na época.

2º ciclo do Bitcoin (2012-2016)

Nesse período, houve correções acima de 50%. Em abril de 2013, por exemplo, com a falência declarada da corretora Mt. Gox, o preço do BTC despencou 83%.

3º ciclo do Bitcoin (2016-2020)

Em dezembro de 2017, devido à maior repressão governamental dos EUA sobre o mercado cripto e novos ataques hackers, o preço do BTC chegou a depreciar 80%.

Já em março de 2020, com início da pandemia da Covid-19, a queda se deu no patamar de 50%. Contudo, ao fim daquele mesmo ano, o preço recuperou.

4º ciclo do Bitcoin (2020-2024)

No decorrer da pandeia e após ela, o Bitcoin mostrou força de novas altas no preço, mas já começou a experimentar correções menores. Em maio de 2021, a repressão do governo chinês que proibiu os mineradores de Bitcoin no país, somada a preocupações em relação ao meio ambiente, fizeram o preço corrigir 44%.

Já em novembro de 2022, ano de bear market, houve outra queda de 25% em razão de um novo colapso financeiro enfrentado por uma relevante corretora de cripto, a FTX.

5º ciclo do Bitcoin (2024 até agora)

Desde o halving de abril de 2024, até o momento, a correção de preço máxima foi quase 30%, devido ao caos na Bolsa do Japão em agosto. Contudo, semanas depois a maior criptomoeda voltou a subir e bater novos recordes, em novembro, após a vitória do Trump na eleição americana.

Já no início de 2025, a queda foi em torno de 15%, percentual baixo comparado a anos anteriores, mantendo o valor unitário do Bitcoin no patamar acima de 92 mil dólares.

Conclusão

No site Glassnode, é possível ver o gráfico de correções do Bitcoin em comparação a todos os ciclos. As quedas têm diminuído à medida que o ativo digital cresce em aceitação e se prova eficiente ao longo do tempo, mesmo sujeito a intempéries da macroeconomia e do mundo.

Segundo especialistas, correções abaixo de 30% podem ser a nova normalidade do Bitcoin, muito por conta da maior adoção dos institucionais, como governos, empresas e fundos de investimentos à vista, os ETFs de Bitcoin, que despejam bilhões de dólares na compra frequente da criptomoeda.

O crescimento do Bitcoin ao longo do tempo é inevitável, mas não linear nem estável. Oscilações fazem parte do seu desempenho, só que a tendência é as volatilidades serem cada vez menores em termos percentuais.

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