A escassez programada do Bitcoin é uma das propriedades mais diferenciadas do ativo digital. Seu estoque finito prevê a mineração total de 21 milhões de unidades até 2140.
O fornecimento circulante do criptoativo ultrapassou, em agosto, 19,9 milhões de moedas. O que isso significa?
Que 95% dos BTCs já foram minerados. Assim, restarão apenas mais 1,1 milhão de tokens a serem emitidos pelos próximos anos.
A adoção ao BTC ainda é incipiente, mesmo com seu estoque limitado já restando poucas unidades. A julgar que apenas 3% da população mundial possui Bitcoin, não haverá moedas inteiras disponíveis para todos, mas apenas Satoshis, que são as frações da maior criptomoeda do mundo.
Bitcoin sofre choque de oferta em 2025
Em 2025, a demanda institucional por Bitcoin tem sido maior do que o volume minerado da criptomoeda.
Para se ter ideia, de acordo com dados da gestora Bitwise, os investidores institucionais já compraram este ano cerca de 64 bilhões de dólares em BTC, cinco vezes mais do que o supply (fornecimento) disponível, ou seja, do que o volume de unidades mineradas.
Já é o segundo ano que ocorre esse choque de oferta. Em 2024, foram comprados pelos institucionais (empresas, países e fundos de investimentos) 913 mil bitcoins, sendo que 217 mil moedas foram produzidas no mesmo período.
Em 2025 até o momento, mais de 545 mil BTCs foram adquiridos pelos institucionais, frente a 97 mil novas moedas produzidas.
Levando em conta o princípio da escassez do Bitcoin, será inevitável o seu preço subir no longo prazo para conseguir absorver toda essa demanda.
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