Bitcoin e o efeito Trump – Parte II

Neste 20 de janeiro, o Bitcoin experimentou no dia da posse de Donald Trump, como 47º presidente americano, mais um ATH (alta histórica, em português), batendo um pouco acima de 109 mil dólares em seu valor por unidade.

O preço corrigiu em seguida, caindo abaixo dos 105 mil dólares. Veja aqui a cotação em tempo real.

Não custa lembrar que, em novembro do ano passado, o Bitcoin já havia passado por um rali de 37% de alta logo após a vitória de Trump nas eleições dos Estados Unidos. De lá para cá, após bater os 100 mil dólares, flutuou dos 90 mil dólares a 109 mil, recorde mais recente, o primeiro de 2025.

Donald Trump abriu seu discurso de posse com uma frase emblemática que pode encher de otimismo os entusiastas e investidores do mercado de criptomoedas: “A era de ouro dos Estados Unidos começa agora”.

Daqui pra frente, o que pode acontecer?

1) Superciclo no Bitcoin

Esse é um cenário ousado que demanda uma combinação de fatores. Entre eles, estariam:

– Medidas pró-cripto dentro dos primeiros 100 dias da gestão Trump, em especial as que favoreçam a regulação do setor;

– Adoção do Bitcoin como reserva estratégica do governo americano, o que despertaria uma corrida entre nações pelo “ouro digital”;

– Novos fluxos de entrada nos ETFs americanos à vista de BTC;

– Maior adoção de empresas em adquirir a moeda digital na estratégia financeira de investimentos. Acionistas de big techs como Amazon e Meta já solicitam a adesão dessas corporações ao movimento iniciado pela MicroStrategy, ou seja, de acumular bitcoins em caixa corporativo.

Caso se realize a conjuntura acima, os especialistas (ou sonhadores) projetam o Bitcoin valendo 1 milhão de dólares por unidade ainda em 2025. Afinal, com governos, empresas e fundos de investimentos querendo comprar BTC como nunca antes, sobrará pouco para o varejo (pessoas físicas), fazendo com que um ativo escasso se multiplique mais rápido do que o esperado.

O superciclo do Bitcoin, caso se concretize, repetirá altas exponenciais já vistas em ativos como S&P 500, Apple e Nvidia, cujas ações explodiram após os EUA encabeçar a economia mundial, bem como a era dos smartphones e da revolução por inteligência artificial.

2) Correções e volatilidade

O início de governo do Trump pode gerar também, em razão das medidas econômicas e protecionistas que virão pela frente, uma certa volatilidade ao preço do bitcoin. Podem ocorrer correções de preço pelo caminho (de 20% a 30%) antes de novas altas e topos de preço.

As iniciativas de Trump podem afetar dados macroeconômicos dos EUA nos primeiros meses de governo, como a inflação e os juros, o que pode impactar as criptomoedas.

3) Crescimento mais gradual

Em um cenário mais cauteloso, o ciclo do Bitcoin este ano pode fluir mais gradual, com crescimentos mais espaçados ao longo de 2025, entremeados por ondas de baixa e alta mais moderadas.

Assim, o preço do ativo neste ano poderia alcançar entre 150 mil dólares e 200 mil dólares. Segundo projeções de especialistas, o próximo alvo de preço do Bitcoin seria 120 mil dólares, possivelmente entre fevereiro e março.

Conclusão

Com a posse de Donald Trump, espera-se um governo que conceda maior liberdade ao mercado de criptomoedas, favorecendo um aumento de capitalização nesse setor. Esse possível boom pode gerar uma redefinição forte nos preços e promover um dos maiores ciclos da história em cripto.

Trump se intitulou o primeiro “criptopresidente” e prometeu transformar os Estados Unidos na “capital mundial de cripto”. Resta agora aguardar os próximos capítulos e ações concretas do mandatário americano.

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