O Bitcoin (BTC), maior criptoativo do mundo, voltou aos holofotes com mais uma alta histórica recente, reacendendo o otimismo dos investidores e atraindo a atenção da mídia. Bateu quase 112 mil dólares por unidade em 22 de maio deste ano.
Mas essa não é a primeira vez que o BTC alcança valores recordes. Desde sua criação, em 2009, o ativo passou por diversos ciclos de alta e correção.
Neste post, vamos relembrar todas as altas históricas do Bitcoin, entender o que motivou cada uma, o que aconteceu depois, e o que essa nova máxima pode sinalizar para o futuro da criptomoeda. Se você investe em BTC ou apenas acompanha o mercado, este conteúdo é essencial para entender o passado, o presente e as possibilidades futuras da moeda.

📈 Primeira alta relevante — 2011: de centavos a US$ 31
Data: Junho de 2011
Preço: Aproximadamente US$ 31
Contexto: o BTC começou o ano valendo cerca de US$ 1 e, em poucos meses, disparou para US$ 31. O mercado ainda era dominado por entusiastas da tecnologia blockchain, sem regulação ou grandes players.
Motivo da alta: a atenção crescente de fóruns como o Bitcointalk, o lançamento da Mt. Gox (maior exchange da época) e o conceito inovador de moeda descentralizada começaram a gerar curiosidades em algumas pessoas.
Resultado: Logo após o pico, o Bitcoin caiu para menos de US$ 2 ainda em 2011, marcando sua primeira bolha e crash.
🚀 2. Segunda máxima — 2013: US$ 266 em abril e US$ 1.100 em dezembro
Data: abril e dezembro de 2013
Preços: US$ 266 (abril), depois US$ 1.100 (dezembro)
Contexto: 2013 marcou a primeira vez que o BTC começou a chamar atenção da grande mídia e investidores institucionais.
Motivos: crescimento do interesse global, especialmente na China, além de preocupações com a economia tradicional.
Resultado: O BTC caiu mais uma vez, entrando em um “inverno cripto” que durou até 2015, com o preço abaixo de US$ 300.
💹3. Bull run de 2017: US$ 20.000
Data: dezembro de 2017
Preço: US$ 19.783 (em algumas exchanges, o valor ultrapassou US$ 20.000)
Contexto: esse foi o primeiro ciclo de alta com forte participação de investidores de varejo, impulsionado por ICOs (Ofertas Iniciais de Moedas).
Motivos: popularização das criptos, entrada em corretoras como Coinbase, hype em redes sociais, e o boom das altcoins.
Resultado: Em 2018, o Bitcoin caiu para menos de US$ 4.000, iniciando mais um período de correção.
📊 4. Alta de 2021: US$ 64.000 e depois US$ 69.000
Datas: abril e novembro de 2021
Preço: US$ 64.000 (abril), depois novo topo em US$ 69.000 (novembro)
Contexto: pandemia, liquidez abundante no mercado global e crescente adoção institucional com empresas como Tesla e Strategy
Motivos: impressão de dinheiro pelos bancos centrais, entrada de players institucionais, e lançamento do primeiro ETF de futuros de Bitcoin nos EUA.
Resultado: forte correção em 2022 com o colapso de projetos como Terra Luna, quebra da exchange FTX e uma queda para cerca de US$ 16.000.
🪙 Alta Histórica de 2024 : novo topo acima de US$ 100.000
Datas: Março e dezembro de 2024
Preço: em março, algumas semanas antes do halving, o BTC bateu acima de US$ 73.000, mas foi em 05 de dezembro que superou o tão esperado recorde histórico dos 100 mil dólares, por conta do efeito Trump.
Contexto: em ano de halving, o BTC atingiu sua maior valorização da história, superando a máxima anterior com apoio do halving, do lançamento de ETFs à vista nos EUA e da eleição do presidente Donald Trump.
Motivos:
- Adoção institucional via ETFs à vista
- Halving de abril de 2024 (redução da recompensa de mineração)
- Crescente uso como reserva de valor
- Eleição de Donald Trump
- Corte de juros pelo Banco Central americano
- Tensão geopolítica e busca por ativos alternativos ao dólar
Resultado: o BTC permaneceu volátil, mas com fundamentos mais fortes do que nunca, mostrando maior maturidade no mercado.
🧨 6. Alta Histórica de 2025: Bitcoin rompe os US$ 111.900
Data: janeiro e maio de 2025
Preços: US$ 109.000 e depois US$ 111.900
Contexto: em janeiro de 2025, com a posse de Donald Trump como presidente eleito dos Estados Unidos e sua política pró-cripto, o Bitcoin seguiu em tendência de alta, tocando os 109,2 mil dólares. Após algumas correções pelas incertezas econômicas e pela guerra tarifária de Trump, na última semana de maio, o BTC alcançou a simbólica marca de US$ 111,9 mil, reforçando o momento de euforia no mercado cripto.
Motivos para a alta:
- Demanda institucional sem precedentes: fundos soberanos, gestoras de ativos, empresas e até países começaram a alocar parte de suas reservas em Bitcoin.
- Oferta reduzida pós-halving: a recompensa por bloco foi cortada pela metade, aumentando a escassez do ativo.
- Regulação mais clara: grandes economias como EUA e União Europeia aprovaram marcos regulatórios favoráveis, dando mais segurança jurídica ao mercado cripto.
- Crise de confiança no sistema tradicional: a instabilidade bancária e divida ativa nos EUA, somadas à pressão inflacionária em países emergentes, levaram muitos investidores a buscar refúgio e proteção no BTC.
- Narrativa de “ouro digital 2.0” consolidada: O Bitcoin passou a ser visto de forma mais madura, não apenas como uma moeda, mas como uma reserva de valor superior ao ouro para o século 21.
Resultado:
A superação dos US$ 111.000 levou o mercado a novos recordes de capitalização, arrastando também algumas altcoins em novo movimento de alta. Contudo, analistas já alertam para possíveis correções no curto prazo.
🔮 Conclusão: o que esperar do Bitcoin no futuro?
Com mais de uma década de história, o Bitcoin já passou por diversas fases: do anonimato à adoção institucional, das críticas às regulações, dos picos às quedas. A nova alta histórica de US$ 111.900 mostra que, mesmo após ciclos de baixa, o BTC se reinventa e retorna com mais força.
O que vem pela frente:
- Adoção crescente por governos, grandes empresas e fundos de investimentos e até de pensões
- Possível entrada de novos ETFs em outros países
- Desenvolvimento de soluções de escalabilidade como a Lightning Network
- Bitcoin como parte da reserva estratégica de empresas e países
- Segundo especialistas e alguns gráficos, o BTC ainda segue em bull market, com grandes chances de novos all time high ainda este ano.
- Nas previsões mais conservadoras, os próximos preços-alvos podem variar da faixa de 130 mil dólares até 200 mil dólares.
Mas é importante lembrar: o Bitcoin continua sendo um ativo volátil, e o investidor deve ter consciência de seus riscos. Ainda assim, os fundamentos seguem fortes, e a visão de longo prazo parece cada vez mais promissora de sucesso.